A Prefeitura Municipal de Ponta Porã, através da Secretaria Municipal de Assistência Social realizou uma reunião na manhã desta quarta-feira (1), para tratar de assunto que tem causado preocupação nas autoridades municipais: os imigrantes venezuelanos nas ruas de Ponta Porã.
É muito comum perceber pessoas que fugiram da grave crise social que atravessa a Venezuela, para imigrar para Ponta Porã. A razão, é que até março deste ano, era possível regularizar a entrada no Brasil apenas por aqui e por Foz do Iguaçu. Após a regularização, os imigrantes têm acesso ao mercado de trabalho e acolhimento, por exemplo.
Para a Secretária Municipal de Assistência Social, Vera Lúcia Oliveira, a questão não é só abordar. “Existe todo um cenário, que pode sugerir a presença e atuação de “coyotes” e exploradores na fronteira. Precisamos envolver todas as autoridades para formar um grupo de trabalho onde cada ator participe dentro da sua competência. É preciso acolher, orientar e encaminhar essas pessoas”, destacou.
O Comandante do 4.º Batalhão de Polícia Militar, Ozevaldo Santos de Melo, propôs, além da criação do grupo de trabalho, o mapeamento e identificação através de serviços de inteligência, dos imigrantes, para conhecimento e compartilhamento entre as autoridades, dos dados que poderão ser levantados.
Marcial Benitez Troche – responsável pelo setor de Imigração Polícia Federal, colocou-se a disposição para colaborar no sentido de regularizar a entrada dos imigrantes e fazer os encaminhamentos pertinentes aos CRAS de Ponta Porã.
Hugo Lopes Garay, representante do Consulado Paraguay em Ponta Porã afirmou ser interessante abordar um tema tão sensível como esse e comprometeu-se a trazer as autoridades competentes paraguaias nas próximas reuniões.
A representante do Ministério Público, Andrea Resende, responsável pela Vara da Infância e Juventude, comprometeu-se em instaurar um Procedimento Administrativo, para acompanhar os trabalhos do grupo e contribuir com a validação dos procedimentos a serem implementados.