A fronteira entre Ponta Porã (BR) e Pedro Juan Caballero (PY) sempre compartilham dilemas e soluções ao longo de sua história, nos mais diversos setores da sociedade. Nos últimos meses a pandemia causada pelo novo coronavírus Covid-19, mudou o cenário de dois povos que mantém uma constante integração sócio cultural.
Com o fechamento das linhas de fronteira decretado pelo governo paraguaio como forma de bloquear o avanço do inimigo invisível, com a atuação dos órgãos de segurança do pais vizinho, por meio de barreiras feitas com arames farpados e pneus começam a preocupar as autoridades em saúde do Brasil.
Desde que se ventilou a possibilidade da abertura das fronteiras do Brasil com o Paraguai de forma gradativa, um novo dilema passa a ser dividido entre as duas populações, com os pneus utilizados nas barreiras sendo descartados no lado brasileiro da fronteira.
Nesta semana o site Ponta Porã News observou inúmeros pneus nos principais pontos das barreiras de fechamento da fronteira, em especial nas proximidades da Receita Federal do Brasil.
A equipe da Vigilância Sanitária de Ponta Porã vem fazendo o trabalho de recolhimento dos pneus no lado brasileiro e alerta para os riscos dos pneus abandonados como forma de criadouros do mosquito causador da dengue.
Segundo informou a equipe do Centro de Controle de Zoonoses com a chegada da primavera, o clima mais quente e a possível estação das chuvas é um período propício para aumento dos focos do mosquete transmissor da dengue e consequentemente um ameaça a saúde da população que já vive a sombra da COVID-19.
O site tentou manter contato com as autoridades do país vizinho, mas não obteve resposta.