Autoridades do Paraguai entregaram no final da tarde desta terça-feira (8) para o Conselho Tutelar de Ponta Porã, a criança de 5 anos que foi estuprada e sequestrada no último dia 2 por Juliano dos Santos de 32 anos. A menina desapareceu depois que o estuprador que tomava bebida alcoólica com a mãe da criança levou a menina para dentro do barraco que morava e a violentou.
Depois de uma grande mobilização da sociedade nas redes sociais e da divulgação do caso nos meios de comunicação, Juliano acabou preso pela Polícia Nacional do Paraguai no dia 3, em Colônia Estrela nas proximidades de Pedro Juan Caballero.
Depois de todo o trâmite burocrático e de passar por exames médicos que constaram a violência sexual, a menina foi levada para o Consulado Brasileiro em Pedro Juan Caballero e já voltou para Ponta Porã e está sendo acompanhada por uma rede de apoio montado por diversos órgãos judiciais e governamentais de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A Conselheira Tutelar Mary Escobar destacou o empenho e total apoio das autoridades paraguaias e brasileiras, que deram todo suporte necessário para o êxito no resgate e proteção à vítima de estupro que mobilizou a fronteira. “Foi uma importante parceria para conseguir realizar a nossa função de proteger a criança. As autoridades brasileiras e paraguaias sempre nos mantiveram informados da situação. Agradeço toda imprensa pelo constante apoio, pois foi de fundamental importância para localizar e resgatar uma criança que já está sob nossos cuidados em processo que a partir de agora seguira em sigilo de justiça”, disse ela.
Na semana passada a promotora de Justiça de Pedro Juan Caballero, Katia Estela Uemura confirmou que houve estupro contra a criança e que as autoridades estavam analisando se houve violência também enquanto a menina estava em território paraguaio e que isso determinaria os procedimentos contra o acusado que inicialmente confirmou o estupro, mas depois passou a negar. De acordo com a promotora de Justiça, nos próximos dias o Ministério Público do Paraguai deve determinar se ele ficará preso naquele país ou se será expulso e entregue para as autoridades brasileiras.