Mato Grosso do Sul é o que mais investe em bolsas de doutorado

Na contramão do que tem veiculado no noticiário nacional, Mato Grosso do Sul vem se destacando nacionalmente pelos investimentos em ciência e tecnologia.

Dados do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) mostram que o Estado é o que mais investe em bolsas de doutorado com recursos estaduais por meio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia (Fundect).

MS ocupa o primeiro lugar na concessão de doutorado, cobrindo quase 80% das necessidades de bolsas do Estado. Fonte: Odir Delagostin

No cenário que considera os incentivos em bolsas de mestrado e doutorado, Mato Grosso do Sul é o segundo maior investidor do País.

Na avaliação do diretor-presidente da Fundect, Prof. Márcio de Araújo Pereira, esta posição é fruto do investimento em editais de mestrado nos últimos cinco anos.

“Especialmente pela parceria estratégica com o Ministério da Educação, por meio da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) onde foram investidos R$ 7,4 milhões em bolsas de pesquisa científica para 59 cursos de pós-graduação de 5 universidades de Mato Grosso do Sul: UFMS, UEMS, UFGD, UCDB e Uniderp”.

Concessão de bolsas de mestrado e doutorado proporcionalmente em relação aos programas de pós-graduação. Fonte: Odir Delagostin

Bolsistas

Entre os bolsistas de mestrado está Mahara Baggio Arcie, de 24 anos, nascida em Curitiba e moradora de Mato Grosso do Sul há 7 anos. Formada em geografia, a jovem iniciou o mestrado no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional e de Sistemas Produtivos na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul em meio a pandemia. Segundo ela, as aulas a distância não interferem no processo de aprendizagem, e a bolsa de estudo é fundamental.

“No meu ponto de vista, a bolsa de estudos é imprescindível, levando em consideração que por meio da mesma, tenho a oportunidade de me dedicar em tempo integral ao mestrado, com excelentes professores e em uma ótima universidade”.

Tatiana Cantarella Sarmento, de 33 anos é natural de Amambai e mudou-se para a Capital quando os pais bancários vieram transferidos. Formou-se em nutrição pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) onde atualmente faz doutorado em biotecnologia.

“A bolsa nos dá a oportunidade de estar investindo em uma pesquisa que vai fazer diferença na prática clinica. Trabalho com nutrição esportiva e minha pesquisa vai avaliar uma estratégia nutricional a base de plantas em ratos corredores. Então, o achado dessa pesquisa vai me permitir uma estratégia nutricional que eu possa usar com meus pacientes, ou seja, posso apoiar meus colegas de trabalho com esse serviço essa conduta, essa estratégia”, destaca.

Dados de outubro de 2021, mostram que a Fundect atende 418 bolsistas, sendo 75 de mestrado, 52 de doutorado e 7 de pós doutorado, além de outras modalidades.

Amambai