O governador Reinaldo Azambuja e o secretário estadual de Saúde Geraldo Resende, participam nesta terça-feira (13), de audiência em Brasília com o ministro da Saúde Marcelo Queiroga.
Na reunião, as autoridades sul-mato-grossenses vão solicitar aumento de 30% no quantitativo de doses de vacinas contra Covid-19 destinadas a Mato Grosso do Sul, 100 mil testes de antígenos, bem como mais insumos do “kit-intubação”, 40 leitos de UTI’s para serem instalados na região de fronteira e a remessa de equipamentos de proteção individual (EPI’s).
“Vamos mostrar ao ministro a necessidade de se fazer uma reavaliação da estimativa populacional de Mato Grosso do Sul prevista no Plano Nacional de Imunização (PNI), uma vez que muitos dos cidadãos que vivem na região de fronteira possuem dupla nacionalidade, os quais, atualmente, não são abrangidos no PNI, o que resulta em escassez de imunizantes para atendimento à população sul-mato-grossense”, afirma o secretário estadual de Saúde Geraldo Resende.
Em relação ao chamado “kit intubação”, Mato Grosso do Sul está solicitando um aumento de 30% no quantitativo a ser enviado para o Estado, tendo em vista a escassez de insumos no mercado e a falta de neurobloqueadores e de sedativos para utilização nos leitos de referência estadual.
Mais vacinas
No encontro com o ministro, o governador Reinaldo Azambuja e o secretário Geraldo Resende vão demonstrar a necessidade no aumento do quantitativo enviado ao Estado, lembrando que Mato Grosso do Sul possui fronteiras com o Paraguai e a Bolívia, haja a vista a dupla nacionalidade de muitos cidadãos que vivem nos municípios de Mundo Novo, Japorã, Sete Quedas, Paranhos, Coronel Sapucaia, Aral Moreira, Ponta Porã, Antonio João, Bela Vista, Caracol, Porto Murtinho, Corumbá e Ladário.
“Um exemplo é a cidade de Ponta Porã, que faz divisa seca com a cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, o qual possui no Cadastro Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), aproximadamente 130 mil usuários, enquanto os dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) registram para o mesmo município, o número de 93 mil habitantes”, explica Resende.
Outro ponto citado é o fato de que os estudantes brasileiros provenientes de vários Estados da Federação que residem, temporariamente, em cidades sul-mato-grossenses que fazem fronteira com os referidos países, para cursarem universidades particulares de Medicina no Paraguai e na Bolívia, também, deveriam, na visão do governo de MS, entrar no cômputo da população de Mato Grosso do Sul, já que são considerados grupos prioritários de imunização.