A 9ª Promotoria de Justiça de Três Lagoas requisitou nesta semana a instauração de um inquérito policial para apurar se um servidor público deixou de aplicar uma dose de vacina contra Covid 19 em uma pessoa que é do grupo de risco e tem direito ao atendimento prioritário.
De acordo com informações repassadas pelo Promotor de Justiça Luciano Anechini Lara Leite, o fato chegou ao conhecimento do Ministério Público através de um vídeo que circulou nas redes sociais no final de semana, onde me tese, teria sido praticado o crime de tentativa de homicídio com dolo eventual, qualificado pelo perigo comum, e agravado porquanto praticado em período de pandemia declarada, já que há o risco da pessoa que deveria ter sido imunizada contrair o vírus e morrer em decorrência da doença.
Ainda segundo o Promotor, a atitude do servidor poderia ter sido praticada para o favorecimento de terceiros e “furando” a fila do Plano Nacional de Imunização. A irregularidade foi confirmada pela secretaria municipal de Saúde.
Segundo a nota divulgada no começo da noite desta terça-feira (30), a atitude do servidor que não teve o nome divulgado, pode dar margem de que haja a comercialização de doses da vacina em detrimento da segurança e da saúde da população.
O caso foi comunicado para as promotorias de atuação na Saúde, para a Força-Tarefa da Covid em Três Lagoas e foi feito um pedido ao COREN para que reforce os procedimento de manuseio, conservação e aplicação do imunizante e que seja feito um levantamento das doses aplicadas e do total de doses disponíveis no município.
O Promotor de Justiça Luciano Anechini Lara Leite disse que a população pode ficar tranquila que, já todas as providências serão tomadas para evitar haja casos irregulares ocorram na aplicação das vacinas. “Não vamos permitir que pessoas inidôneas, aproveitando-se da situação grave em que nos encontramos, prejudiquem a população já tão sacrificada com a pandemia, nem coloquem em risco a saúde pública, abusando de eventuais pontos críticos no sistema de vacinação, em proveito próprio ou de terceiros”, pontuou Luciano.
O caso corre em segredo de justiça e os nomes dos envolvidos e investigados não foram divulgados.