Morreu na noite de ontem (24), vítima da Covid-19, o deputado estadual Cabo Almi (PT), de 58 anos. Ele estava internado num hospital particular, em Campo Grande, desde o dia 7 de maio.
Ele foi diagnosticado com o Novo Coronavírus no dia 5, assim como sua esposa, nora e um dos filhos, porém iniciou o tratamento em casa, mas acabou precisando de intubação ao apresentar piora.
A equipe médica que o assistia passou a administrar antibióticos no dia 9, e o deputado reagiu bem. Após uma queda na pressão arterial, ele foi novamente medicado. De acordo com o Midiamax, um dia depois, o deputado já apresentou os primeiros sinais de recuperação. No dia 11, ele apresentou ligeira melhora e a equipe médica chegou a cogitar a extubação.
Porém, o petista não teve evolução significativa no dia 12 e os médicos descartaram a extubação imediata. O estado dele pouco mudou um dia depois. No dia 14, os médicos diminuíram o nível de oxigênio após uma nova melhora. O estado de saúde não evoluiu por quatro dias, até uma pequena piora.
Na quinta-feira (20), o boletim médico apontava que a equipe suspendeu a sedação e aguardava que o parlamentar acordasse nas próximas horas. Porém, o estado de saúde voltou a ser considerado estável no dia seguinte. Ontem, ele apresentou uma piora no quadro e a família pediu orações.
Almi estava no terceiro mandato. Deixa esposa e três filhos. Sua cadeira na Alems (Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul) deve ser ocupada pelo primeiro suplente, o ex-deputado estadual Amarildo Cruz (PT).
Vida e carreira
Paranaense de Jardim Olinda, José Almi Pereira Moura veio com a família ainda criança para Mato Grosso do Sul, fixando residência no distrito de Lagoa Bonita, em Deodápolis. Mudou-se para Campo Grande em 1982.
Antes de ingressar na PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), trabalhou como cobrador de ônibus, empacotador e promotor de vendas de indústria de alimentos, além de se formar como torneiro mecânico pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).
Em 1987, casou-se com Irene Carolina de Oliveira, com quem teve três filhos, Flávio, Fabrícia e Monique.
Foi promovido a cabo em 1988. Já em 1996, foi eleito vereador na Capital, e conquistou mais dois mandatos nas urnas. No ano de 2010, foi eleito deputado estadual pela primeira vez.