Wilson Aquino*
O desrespeito e a ingratidão para com nosso Salvador Jesus Cristo atingem níveis alarmantes, especialmente durante as celebrações de Natal, quando deveríamos refletir sobre o nascimento do Filho de Deus, o evento mais significativo da história da humanidade. Infelizmente, trocamos a adoração a Cristo pela idolatria a Papai Noel, um personagem sem qualquer relação com o verdadeiro significado do Natal.
É lamentável perceber que, mesmo após mais de 2.000 anos, persistimos em negligenciar o sacrifício de Jesus na cruz por nossos pecados. Em vez de reconhecermos Sua importância, permitimos que o consumismo e a distração nos afastem Dele, substituindo-O por uma figura criada pelo marketing comercial.
A negligência em ensinar às crianças sobre o verdadeiro sentido natalino é uma triste realidade. Muitos lares omitem a narrativa do nascimento de Cristo, cedendo à ignorância generalizada sobre a grandiosidade que Ele representa em nossas vidas. É imperativo que, como sociedade, retomemos o compromisso de transmitir aos mais jovens a verdade sobre o Natal e o Plano Divino de salvação.
O afastamento de Cristo é um sintoma de uma sociedade imersa no corre-corre desenfreado do consumismo, onde o foco está em presentes, viagens e celebrações festivas, negligenciando o verdadeiro aniversariante do Natal. Este comportamento contradiz os ensinamentos da Bíblia, que nos alerta contra a ingratidão ao Criador.
A Segunda Epístola de Paulo a Timóteo nos adverte sobre tempos difíceis e a propagação da falsa doutrina. Hoje, vivemos em uma época em que a sã doutrina é desprezada em favor de fábulas e entretenimentos passageiros. É crucial, como nos exorta a Bíblia, permanecermos firmes na verdade e proclamarmos a Palavra de Deus, mesmo diante das adversidades.
A epístola dá ênfase ao poder que advém de termos um testemunho de Jesus Cristo (ver 2 Timóteo 1:7–8). Ela também contém uma profecia sobre os “tempos trabalhosos” que aconteceriam tanto na época de Paulo e Timóteo como agora, nesses últimos dias:
“Conjuro-te, pois diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino,
Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, corrijas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.
Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo coceira nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;
E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.
Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério”.
Em paralelo, assim como o Natal, a Páscoa também foi desvirtuada. Em vez de refletirmos sobre a Ressurreição de Cristo, a sociedade trocou essa verdade por símbolos como coelhos e ovos de chocolate, perpetuando mentiras em detrimento da mensagem divina.
Diante desse cenário, é urgente um retorno ao Senhor, redescobrindo o verdadeiro sentido das festividades e restaurando a fé que transforma vidas. Que possamos, como sociedade, abandonar as distrações efêmeras e nos voltar para o Salvador que nos oferece a verdadeira alegria e salvação eterna. Que a celebração do Natal seja um momento de reflexão, gratidão e renovação espiritual, reconhecendo Jesus Cristo como o verdadeiro motivo para celebrar.