Amplavisão – Veteranos e novatos em busca do poder

‘CABEÇA FEITA’:   Aquele eleitor partidário ou ideológico se define muito cedo e não muda.  Já o contingente de eleitores ainda sem um candidato definido depende da cidade, seu ambiente eleitoral e da combinação de uma série de fatores. Isso se conclui ao aferir os números de pesquisas confiáveis.  Mas lembrando: cada caso é um caso.

INTERROGAÇÃO: Prefeito, governador e presidente conseguem transferir votos para qualquer candidato – independente dos predicados exigidos?  Vai pesar o ambiente de entusiasmo, confiança e a questão do bolso. Mas a diferença de prestígio entre o fiador e o candidato não há de ser grande – a ponto de ensejar comparação instintiva do eleitor. É como o noivo bonito com a noiva muito feia. Provoca suspeita.

ESQUISITO!  Nem sempre o currículo e o apelo do candidato são suficientes para vencer. O eleitor até que reconhece o bom momento, a boa gestão do apoiador, mas foca na necessidade de mudança de estilo e das pessoas no entorno do poder. Resultado de influências vindas da mídia ou da própria inquietude do homem urbano de hoje.

EMBLEMÁTICO o pleito municipal de 2012 em Campo Grande. Alcides Bernal (PP) só com 3 minutos e 1 segundo na TV, venceu Edson Girotto, apoiado pelo governador Puccinelli e o prefeito Nelson Trad, na coligação do MDB, PRB, PDT, PTB, PSL, PSC, PR, DEM, PSDC, PRTB, PTC, PSB, PRP, PPL, PSD, PC do B – com 13 minutos, 26 segundos no horário eleitoral.

EXEMPLOS não faltam em todas as instâncias e locais. Pedro Pedrossian nunca elegeu um sucessor; Obama não elegeu Hillary Clynton (2016); J.  Kubitschek não elegeu marechal Lott (1960); Carlos Lacerda não elegeu Flexa Ribeiro (1965) ao governo da Guanabara; o poderoso George W. Bush não elegeu John Mccain (2008).

DELÍRIO?  Ex-prefeito Alcides Bernal (PP) reapareceu com o candidato a prefeito Isaqueu (PP). Aliás, por não dar sequência ao Programa Gisa na prefeitura da capital, foi multado em R$61 mil pelo Tribunal de Contas. Agora é carta fora do baralho. Como dizia o locutor Zé do Brejo da ‘Educação Rural’: “Quem o encontrar, favor avisar”.

OPINIÃO: “…É impensável que o país da NASA, da Microsoft e do Google fique esperando dias pelo resultado da eleição, contando votos um a um que chegam pelo correio, sistema inventado pelos faraós do antigo Egito há 5 mil anos atrás…(-) …Cabe agora a Biden liderar a mudança…(-) …Às vezes é preciso um velho para fazer o novo”. (Thales Guaracy)

DE FATO o sistema eleitoral dos ‘States’ é incompatível com os avanços tecnológicos americanos em todas áreas. Até países de quilate menor – como o nosso – já adotaram o voto eletrônico, seguro e rápido. Esse modelo antiquado motivou críticas nas últimas eleições, inclusive nestas onde a apuração dos votos ainda não foi concluída.

CARIÓCAS:   No mato sem cachorro. Após os escândalos e prisões de tantos figurões da política, o candidato Eduardo Paes (MDB) lidera a corrida rumo ao 2º turno. O pior é que os outros concorrentes também não materializam aquele perfil ideal desejado no imaginário popular. Como diz o ditado popular: “Se não tem tu? Então vai tu mesmo”.

PRETENDENTES:  A articulação do apresentador Luciano Huck abriu a cortina. Quer juntar nomes no chamado centro para enfrentar a esquerda e a direita. O problema é que o time desejado não tem votos. Em 2018 os 5 candidatos com esse perfil tiveram só 11% dos votos, inferior a votação de Ciro Gomes. Combinar com o eleitor é preciso.

‘GENEROSO’:  Os gastos (82%) dos candidatos a prefeito da nossa capital bancados pelo dinheiro do Fundão Eleitoral reascendem a discussão sobre seus reais benefícios à democracia. No fundo, esse dinheiro facilita aos caciques partidários a continuidade no poder e garantindo-lhes a visibilidade para futuras negociações. Sem grandes ilusões.

PROBLEMÁTICO: Usa o ‘escudo parlamentar’ e avança o sinal. O deputado federal Loester Truts (PSL) na mídia mais pelas bobagens do que pelo mérito legislativo. Esses excessos podem lhe custar caro. É da ‘nova política’? Lembrando Cazuza: “Eu vejo o futuro repetir o passado. Eu vejo um museu de grandes novidades. O tempo não para”.

HARFOUCHE:  Terá que se contentar apenas com o poderes do cargo no Ministério Público? O seu sonho de ser candidato a prefeito de Campo Grande está na UTI.  Se a impugnação da sua candidatura no TRE for confirmada no TSE e ele não ganhar o direito de participar de eventual 2º turno, seus votos serão declarados nulos.

A DECISÃO do TRE não impede inclusive o candidato impugnado, mas pendente de recurso, de disputar o 2º turno.  No caso dele ser o vencedor, vai poder ser diplomado e empossado só após a decisão final do processo. Mas se a candidatura for impugnada no TSE e o candidato tiver sido o mais votado, nova eleição deverá ser convocada.

NOVIDADES:  Pelas normas da Resolução 23.611/2019 do TSE, os candidatos a vereança “sub judice’ que tiveram seus votos anulados devido a impugnação no TRE, serão beneficiados pelo recálculo do quociente eleitoral caso consigam reformar a decisão junto ao TSE e às vezes até com direito a assumirem vaga na Câmara.  Mas esse processo judicial normalmente é demorado.

ECONÔMICA:  Vários fatores contribuindo para que essa campanha eleitoral não custar cifras astronômicas. Primeiro as verbas previstas em lei; segundo a própria crise que forçou os candidatos a pisarem no freio; terceiro as consequências da pandemia responsáveis, por uma campanha tímida, de saia justa, sem aqueles eventos de antes.

ELEIÇÕES:  Apesar de tão criticadas não podemos e nem sabemos viver sem elas. É neste período que se cria ambiente e motivação para balanço e reflexão do ambiente em que vivemos. Por extensão, sob a mesma ótica, há de aferir a importância do político. Em tese, ele é o elo entre a sociedade e o poder público. Ruim com ele, pior sem ele.

 

PROPOSTAS:  Nos programas eleitorais e nos debates – independentemente das suas embalagens – elas chegaram até ao eleitor. Aliás, foram duas fontes importantes de informações para municiar o eleitor a fim de que possa fazer sua escolha. O covid, o uso da máscara, o temor, inibiu o contato tradicional do candidato com o eleitor.

VALE A PENA! No ato de votar os desejos de uma escola melhor, do asfalto, saúde, segurança, a praça cuidada, ruas iluminadas e um ambiente decente para se viver com a família. A omissão com a questão política representa também o descaso do próprio eleitor com a vida de sua comunidade. Pense nisso e vote!

NA INTERNET:  Saiu a tabela da Terceira Guerra. Por azar pegamos o grupo só de países ‘comunistas’. Será no mata-mata. Na estreia o Brasil pega os Estados Unidos e se passar para a segunda fase pega o vencedor de Rússia x China.  Haja pólvora!

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