RESSACA ELEITORAL: O ideal nas cidades interioranas é que entre os perdedores esse ressentimento acabe logo e que entre vencedores não haja o orgulho exagerado que atrapalhe as relações humanas. A tendência é que a sensação de fragilidade gerada pela pandemia ajude a semear a concórdia entre os adversários. Afinal, conviver é preciso.
ARQUIVO: No passado as manifestações pela vitória iam meses a fio alimentando a rivalidade entre os grupos políticos. Em Cassilândia correligionário foi encarregado para diariamente, ao meio dia, disparar um rojão de vara como lembrete da vitória aos adversários. A cidade até suspirava esperando o estrondo. Tortura para os derrotados.
EXPECTATIVA: As obras resultantes dos R$ 4 bilhões da Secretaria de Infraestrutura representam parte do projeto eleitoral do Governo para 2022. A pasta dará visibilidade e cacife político. Fala-se em Eduardo Riedel, Roberto Hashioka e Marcelo Miglioli para o cargo. O nome só sairá na volta das férias do governador Reinaldo em fevereiro.
PODEROSA: Ágil, de bons princípios políticos, com bom trânsito entre os colegas de parlamento e na mídia, a deputada Mara Caseiro deve ser o nome para o cargo de líder do Governo na Assembleia Legislativa. O governador Reinaldo gosta da postura dela, atenta e dedicada nas missões que lhe foram confiadas até aqui. Sinal verde!
‘SUPERMAN?’: Nos discursos da Casa Branca afloraram a simbologia e a retórica sensível de valores democráticos, cristãos. Mas a trajetória ianque não é bem assim. De início invadiram e tomaram boa parte do México, insuflam guerras, rebeliões e só querem levar vantagens. Lembrando Raul Seixas: “Durango Kid só existe no gibi…!
JOE BIDEN: de todo discurso do presidente que li e reli com muita calma destaco o seguinte trecho: “A política não precisa ser um incêndio devastador que destrói tudo em seu caminho. Cada discordância não precisa ser motivo para uma guerra total…( – ) Mas me ouçam claramente: as divergências não devem levar à desunião.”
ZEBRA: Como Michel (Al Pacino) substituiu Don Vito Corleone (Marlon Brando) em ‘Poderoso Chefão’, o deputado Jamilson Name por decisão da justiça, acabou virando réu ao assumir os negócios da sua família. A opinião pública é menos técnica e letrada, mas é muito intuitiva para decifrar as atividades e os personagens da Operação Ormetá.
TORNOZELEIRA: Usá-la ou não usá-la – essa é a questão! Já se comenta que a exemplo do que ocorreu pela decisão do TRF-1 – no caso do deputado estadual Gilmar Fabris (PSD-MT), beneficiando o então senador Aécio Neves (PSDB), a Assembleia Legislativa poderá dispensar Jamilson de usar o estigmatizado acessório.
GOLPE: Há pouco o WhatsApp alterou os termos de uso com os dados pessoais sendo compartilhado com o Facebook e Instagram. Vendem o nosso perfil, inclusive politico para influenciar eleições. O nosso Congresso precisa votar logo a Lei Geral de Proteção de Dados, seguindo por exemplo a postura inteligente do Congresso norte americano.
DUVIDA? Compre algo e virá um porre de ofertas. Acesse livro, vídeo; dê seu telefone à loja na hora da compra e cairá nas redes. Nada é coincidência! Os pontos das redes se conectam descobrindo tudo de você: dados pessoais, desejos, ideologia e vaidades. O desafio é conviver harmonicamente com a internet mesmo sabendo que é vigiado.
CELULAR: Definido por alguns como a nova coleira eletrônica, muleta da solidão, amigo ou inimigo. Bin Laden só foi localizado e morto ao usar o celular. Lembrando que somos reféns do celular; essa obsessão pelo seu uso até em situações de alto risco – como ao volante de veículos – tem provocado tragédias. A mídia tem mostrado isso.
EXAGEROS: Buscam sinais de racismo em tudo. Querem mudar o trecho – “Povo que não tem virtude acaba por ser escravo” – do Hino Gaúcho ‘por entender’ que o povo negro não teria virtude. Mas lembra o jornalista David Coimbra que o termo ‘escravo’ refere-se a antiga discriminação do Rio Grande junto ao Governo Central. Apenas isso.
SALIM MATTAR: “(-) temos um Estado lento…a carga tributária pulou de 23% para 34% do PIB desde que os socialdemocratas assumiram o poder em 1985.levantamento constatou 698 empresas públicas entre as de controle direto, subsidiárias, coligadas e investidas… o modelo social democrata que aí está é exatamente o grande problema …”
ZÉ DIRCEU: Num texto recente ele defende a manutenção das estatais (cabides dos companheiros) e se posta contra política liberal (iniciativa privada). É a ladainha da esquerda ‘protetora dos interesses nacionais’. Devido ao desgaste e desunião dos partidos de esquerda o ex-ministro prega a derrubada de Bolsonaro antes de 2022.
ANOTE: A ciência diz; para chegar à imunidade é preciso vacinar 70% do ‘rebanho’ (140 milhões de brasileiros até setembro). Até lá há duas opções: lavar as mãos, usar mascaras, manter distancia ou simplesmente desobedecer as regras para lotar as UTI’s e cemitérios. A covid é democrática, não discrimina ninguém: mata todos igualmente.
VACINA: É cedo para dizer quais políticos levarão vantagem e em que proporção. Prematuro também identificar os eventuais prejudicados. As eleições estão distantes e o cenário sujeito a mudanças por fatores diversos. Dois deles: o esperado êxito da vacina a médio e longo prazo e as eleições para Câmara e Senado em fevereiro. Entendeu?
ATUALÍSSIMA: “É divertidíssima a esquizofrenia dos nossos artistas e intelectuais de esquerda: admiram o socialismo de Fidel, mas adoram 3 coisas que só o capitalismo sabe dar: bons cachês em moeda forte, ausência de censura e consumismo burguês. Trata-se de filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca Cola.” (Roberto Campos)
METAMORFOSE: Pelos preços atraentes, está consolidada aqui na capital a era dos’ aplicativos’ no transporte urbano, sepultando o monopólio (máfia) de taxis que imperou por décadas. Valia milhões, por exemplo, a licença de um taxi no aeroporto. Os velhos esquemas (‘reserva de mercado’) sucumbindo às exigências do consumidor. Aleluia!
‘INVISÍVEIS’: Os novos vereadores da capital terão que usar as mídias sociais para ganhar visibilidade pública – sob pena de continuarem despercebidos e desconhecidos. É importante aos estreantes a popularização da imagem porque durante a campanha eleitoral eles foram obrigados ao uso de máscaras. Complicado a situação deles.
E AGORA? O Financial Times mostra que 50% das enfermeiras, ¼ dos médicos, 35% dos alemães, 60% dos franceses, além de 76% dos funcionários dos seus asilos declararam que não irão se vacinar. Para o ex-ministro Delfim Neto é preciso vencer esse desafio junto a nossa população e pasmem também entre os profissionais da saúde.
A democracia neste país é relativa, mas a corrupção é absoluta. (Paulo Brossard)