Amplavisão: Méritos ou vantagens: O que decide as eleições?

FAZ DE CONTA: Para um político calejado, é pura ficção essa lei limitando os gastos públicos nas eleições. Opina, ‘seria lei própria para a Suécia’, jamais para um país onde a realidade é outra. Lembra que a compra de votos (em dinheiro vivo) não exige recibo e não entra na contabilidade partidária oficial. Vez ou outra, uma denúncia é noticiada.

“FAVORES”: Decisivos num sistema desacreditado para o eleitorado cético quanto às intenções dos candidatos. Aí valem: as telhas; o padrão de energia, os tijolos, o frete da mudança, os óculos, a carteira de motorista, aquela cirurgia, a aposentadoria, a casa própria e do LOAS; a ajuda no casamento ou do funeral. É a chance do eleitor.

GRATIDÃO: Conta muito numa eleição municipal pelo interior afora. Como esquecer aquela ajuda num momento de dor-luto? Os parentes, eternamente sensibilizados pela solidariedade do amigo político – ajudando a resolver os entraves que surgem em casos de morte. É exatamente com o voto que se demonstra a gratidão. É a paga!

O SISTEMA: Na eleição municipal o eleitor não está interessado em temas complexos de sociologia. Ele nem ouviu falar de Karl Marx, ignora se ele nasceu na Prússia ou se dança balé, mas canta todas do Amado Batista. Já vimos gente tentando dar aulas de Educação Moral e Cívica nos palanques e perder feio para candidatos tipo ‘Zé Ruela’.

TUDO ERRADO: Claro, aos políticos não interessam mudanças nos direitos do cidadão. Ulysses Guimarães, presidente da Constituinte, combateu o fim do voto obrigatório; porque seria o fim do curral eleitoral. Eleitor esclarecido é questionador. Entre ‘bois marruás’ e ‘eleitores cordeirinhos’, a opção de Ulysses foi pelos últimos.

PEDIR VOTO: Fácil ou difícil. Depende dos perfis do candidato e do eleitor. Noto, os candidatos evitam pedir o meu voto. Seria pela leitura do meu perfil? Nesta semana na Assembleia Legislativa, um vereador da capital pedia (disfarçadamente) o voto para um funcionário. Mas ele não aproveitou para tentar meu voto. Constrangimento? Talvez?

PERDE E GANHA: Ouvi no saguão da Assembleia: “como os resultados destas eleições poderão impactar no pleito de 2026? ” Vai depender naturalmente de uma série de combinações de números e nomes. No caso das apostas do PSDB vingarem, o atual grupo mandatário estará consolidado. A oposição esfarelada, sem chances de poder.

VAI FUNDO: Deputado Paulo Duarte não desvia de desafios. Agora ele quer que a Energisa e outras concessionárias, informem com clareza alguns itens naquela relação nebulosa com o consumidor gerador de energia. O parceiro não sabe, por exemplo, o que ficou de sobra no mes e qual é seu crédito em KWH. Eu também quero saber.

ALÔ VOCÊ! Café amigo com o candidato Marçal Filho. Animado com a receptividade junto as mais diferentes camadas sociais de Dourados, não esconde os planos para retribuir os votos recebidos em várias eleições. Ele destacou a importância de Gianni Nogueira (PL) como companheira na chapa, reforçando ainda mais o projeto.

ELEIÇÕES PAULISTANAS: O candidato Pablo Marçal sem tempo no horário eleitoral; seu partido PRTB não alcançou o desempenho necessário no pleito de 2022. Ricardo Nunes: maior tempo, 6,30 minutos e 1.913 inserções. Guilherme Boulos 2,22 minutos e 700 inserções; Datena 35 segundos e 174 inserções. Tabata: 30 segundos e 11 inserções. Uma eleição surreal.

MAU EXEMPLO: A opinião pública estarrecida com o baixo nível nas entrevistas e debates dos candidatos à prefeitura paulistana. Baixaria de xingatórios com termos chulos: “invasor”, “bandidinho virtual”, “chatabata”, “bananinha”, “tchutchuca do PCC. A expectativa fica por conta das composições no 2º turno. O show tem que continuar.

ACONTECEM: Deslizes na produção do material do horário eleitoral na TV. O candidato Beto Pereira (PSDB) foi bem no relato da sua biografia com referências ao pai ex-senador. Mas em seguida a candidata Rose Modesto (União Brasil) discorreu sobre seu currículo citando as agruras financeiras da família humilde na vinda para a capital. Inevitável a comparação do eleitor para as duas realidades expostas.

É MUITA GRANA! Ao final destas eleições municipais as previsões apontam que Facebook, Google, e as plataformas Adyen e Dlocal Brasil terão um faturamento de quase R$ 270 milhões. Os investimentos eleitorais evoluíram com as novidades digitais – de maior agilidade e maior cobertura. Muita gente faturando, menos eleitor.

OPINIÃO: “Não é necessário ser profundo analista para perceber que, neste momento, tanto a esquerda quanto a direita brasileira estão doentes, e o corpo do Brasil agoniza. Até os mais rasos reconhecem que o País precisa de gestores menos ideológicos e mais comprometidos com a democracia e com a responsabilidade fiscal e econômica”. (Alexsandro Nogueira)

JEITINHO: Na boca do forno do Senado uma lei em causa própria. Hoje o prazo de inelegibilidade para os políticos condenados criminalmente começa a correr só após o cumprimento da pena. Pela futura lei conta-se à partir da condenação. Precedente para que, mesmo preso, o político esteja elegível quando a pena for superior a 8 anos. Azar nosso!

INDECISO: Como votarão os eleitores bolsonaristas contrários ao acerto entre o ex-presidente ‘capitão’ e o PSDB aqui no MS? Tema que rende opiniões interessantes, inclusive na hipótese de termos o 2º turno em Campo Grande. Os ‘sobrinhos do capitão’ que não disfarçam a antipatia pelo candidato tucano, resistiriam aos apelos do ‘ex-presidente imbrochável’?

BOLSONARO-MAREA? Para os observadores, ao firmar o acordo com Bolsonaro, o PSDB pode ‘tipo assim’, ter comprado um ‘marea’ – aquele carro fora de linha da Fiat sem mercado. O posicionamento favorável do deputado Beto Pereira em pautas do Palácio do Planalto é citado a título de argumento para discordar desta união.

VALE TUDO: Campanha eleitoral é para os corajosos. Existe para levantar problemas na comunidade, propor soluções e vender esperança. Esperança é sinônimo de propor felicidade, bem estar. É a cereja do bolo, a pílula dourada. Um buquê mundial de ilusões. Sem hipocrisia. Por acaso. Kamala Harris não faz o mesmo nos ‘States’?

UMA SAÍDA: O deputado Pedrossian Neto (PSD) propõe usar recursos do Fundersul para complementar projetos de concessão de rodovias estaduais, federais e ferrovias. O Estado poderia participar da duplicação de rodovias como a BR-262, cujo projeto de concessão não prevê a duplicação total, usar o Fundersul para abranger a duplicação de determinados trechos. Mais uma iniciativa para tentar acabar com essa novela.

PILULAS DIGITAIS:

Quem será o político enganado em 2026 no MS?

Encontrado vereador desaparecido há 4 anos. Passa bem e já pede votos. Rsss

O individualismo nunca foi tão coletivo como agora

A ética virou aquela velhinha que ninguém mais convida para as festas.

Alexandre de Moraes, ‘please’, derrube a fatura do meu cartão de crédito.

Novos cabos eleitorais miam, latem e abanam o rabinho.

Quando vão fazer pesquisa para saber em qual instituto o eleitor confia mais?

Metade da cidade tá gripada. A outra metade é de candidatos a vereança.

Essa dica de “jogue com responsabilidade” lembra o “beba com moderação”.

Oportunidades em eleições são como ônibus; sempre há outra vindo

Vídeo de suruba de prefeito e duas mulheres agita campanha em Goiás.

Ministro dos Direitos Humanos acusado de assediar mulheres.

Planalto empurra com a barriga o caso da Usina de Hidrogenados em Três Lagoas.

Veja também
plugins premium WordPress