Amplavisão: Crise no PL da capital beneficia Adriane

NO COLO: Os acenos de Bolsonaro sobre os rumos do PL e o desempenho fraco de seus ‘discípulos’ nas pesquisas da capital, podem beneficiar a prefeita Adriane Lopes (PP). Além de se conduzir bem politicamente, não atravessando o sinal inclusive nas entrevistas, ela tem melhorado bastante sua administração em todos os setores.

ADRIANE: Animadores os índices crescentes de sua gestão. Bem orientada tem boa interlocução com a Câmara Municipal, além de manter uma base sólida naquela casa. Seu ingresso no PP da senadora Tereza Cristina foi uma espécie de passaporte para adentrar a um segmento importante do eleitorado conservador. Isso conta na capital.

NO CAFÉ: O assunto em pauta, o apoio do PT à Rose Modesto ( União Brasil) com o deputado Pedro Kemp (PT) de vice e a tendência do PL caminhar com a prefeita Adriane (PP). O PT – tem alta rejeição na capital – a presença de Kemp afugentaria ainda mais o eleitorado Bolsonarista. Já o apoio de Tereza Cristina atrairia o eleitor do centro e anti-PT – favorecendo a prefeita.

LUZ PRÓPRIA: Para a opinião pública a senadora Tereza Cristina não depende da narrativa bolsonarista para sobreviver politicamente. Claro, como ministra aproveitou bem o cargo também por méritos próprios. Mas ela tem por trás a tradição familiar reconhecida. Sua presença nas eleições da capital será um fato a ser observado com outros olhos. A credibilidade substitui a popularidade.

EXPECTATIVAS: Entre 7 de março e abril teremos a janela partidária exclusiva para vereadores – período de troca-trocas e infidelidades. Nas Câmaras a movimentação tende a crescer com partidos e vereadores em busca de maiores chances de vitória. Neste cenário operam os ‘montadores de chapas’. Cada qual com seu olhar e interesses.

AUTOFAGIA: Na montagem de chapa vale mais a coerência pragmática do que a ideologia. Atenção para a evolução do coeficiente eleitoral e nos candidatos à reeleição que são mais competitivos, saem com vantagem dentro das chapas. Partido e federação com nomes fortes podem eleger mais candidatos, mas a competividade interna aumenta.

LAMENTOS: Os equívocos nas projeções ao optar por um partido ou federação podem deixar o candidato de fora. São recorrentes os casos em que mesmo obtendo um caminhão de votos – o candidato perdeu a vaga para um concorrente de menor votação. A dica aos candidatos é para que tenham a assessoria competente nesta área.

SEM GRAÇA: Nas eleições nada é permitido. Acabaram com santinhos, cartazes nos postes, faixas nas ruas, comícios festivos, carros de som e outros fatos que alimentavam o clima eleitoral. Até a apuração dos votos ficou sem graça, sem torcida. Culpa do computador! Até o eleitor ‘esfriou’ no debate do potencial dos candidatos.

‘VAPT VUPT’: Com os prazos de manifestações e propaganda eleitoral amputados, além da crescente desilusão do eleitorado com os propósitos dos políticos – quando acordamos as eleições já estão aí. O ceticismo consta do percentual que ainda não se decidiu nas pesquisas sobre os candidatos. Estariam os candidatos nivelados por baixo?

MUDANÇAS: Elas ocorreram na Justiça Eleitoral sob o argumento de que o Brasil precisava sair do período do coronelismo e da corrupção eleitoral que marcavam as eleições. Boa a intenção moralizadora. O diabo é que as práticas imorais continuaram nas administrações públicas através de artifícios sofisticados que burlam a legislação.

MANOBRAS: Uma delas ocorre com as chamadas ‘Emendas Parlamentares’, onde os ‘autores padrinhos’ podem indicar as empresas que vão executar as obras reivindicadas. Por essas ‘simples coincidências’ as empreiteiras estão vinculadas de algum modo aos políticos autores das emendas. Aí, como se diz – ‘ tudo fica em casa.’

QUEIJOS & UAI… Alvo da ‘má vontade’ da grande imprensa que ressalta suas falhas e ignora o lado bom de sua gestão, o governador Romeu Zema lembra no facebook que dentre os 320 mil funcionários de Minas Gerais (853 municípios) não há um só parente seu – enquanto Jader Barbalho Filho (MDB) mantem 20 parentes nos cabides do Pará.

‘TREM MINEIRO’: Pela sua tradição Minas sempre teve ambiente propício a fatos surrealistas. No governo de Benedito Valadares uma pesquisa da antiga Rede Mineira de Viação constatou que o vagão mais atingido nos desastres das linhas era justamente o último. De posse do estudo Benedito decidiu: mandou eliminar o último vagão das composições férreas.

REPROVADO: Década de 70 em Cassilândia. Valdomiro Gonçalves era o chefe político – Jose Riskalla o Juiz – havia dúvidas se Urutu, uma figura folclórica local – era alfabetizado. No teste o Juiz pediu-lhe a leitura de uma frase aleatória num papel. Urutu chutou: “Valdomiro é o maior”. Reprovado, ficou sem o título e Valdomiro sem o voto.

CENSURA? Preocupa a intenção do STF (Alexandre de Morais) quanto a regulação das redes sociais sob argumento de se ‘preservar a democracia’. Mas como ela será feita? Aliás no pleito de 2022 tivemos abusos pelo ativismo do ministro Moraes. Bem, espera-se que a encolhida Ordem dos Advogados do Brasil acorde do sono profundo e tome posição. Contra, é claro!

CARNAVAL & VOTOS: Profissional da comunicação, pré-candidato a prefeito da capital, o deputado Lucas de Lima (PDT) não perde as chances de vender sua imagem. Homenageado no carnaval pela Escola de Samba Unidos da Vila Carvalho, Lucas desfrutou do carinho e aplausos do público. Vai se cacifando gradativamente.

O RETORNO: O ex-senador Delcídio percorre sua ‘via crucis’ desde a perda do mandato e do ‘status’. Agora, como presidente do PRD, anuncia sua pré-candidatura a prefeito de Corumbá. Presume-se que tenha a leitura fiel do quadro político de sua terra para assim obter sucesso no projeto. “Ousar é preciso! ”(Fernando Pessoa)”.

PILULAS DO ARNALDO JABOR:

“Tudo vai melhorar quando a maioria das pessoas de bem forem mais ousadas que as pessoas canalhas”.

“A verdade em que você acredita determina seu caráter”.

“Andamos com fome de beleza em tudo, na vida, na política, no sexo; e por isso, o amor é uma ilusão sem a qual não podemos viver”.

Vivemos no poço escuro da web. Ou buscamos a exposição total para ser ‘celebridade’ ou usamos esse anonimato irresponsável com o nome dos outros”.

“A internet democratiza, dando acesso a todos para se expressar. Mas a democracia também libera a idiotia. Deviam inventar um “antispam” para bobagens”.