Em alusão ao Dia Mundial da Água, a Comissão de Meio Ambiente (CMA) celebra a data nesta quarta-feira (22), a partir das 13h, em audiência pública com representantes de movimentos sociais, organizações não-governamentais (ONGs), empresas e outros atores relacionados ao acesso social e universal à água potável. A efeméride (22 de março) foi instituída em fevereiro de 1993, a partir de resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), após recomendação dos participantes da Conferência Eco-92, ocorrida no Rio de Janeiro no ano anterior.
Foram convidados para a audiência na CMA representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), da ONG Oceana, da Organização de Conservação da Terra (OCT), do Projeto Produção de Água do Pipiripau, do Distrito Fedeeal, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a especialista em recursos hídricos Patrícia Boson.
A audiência ocorre a partir de requerimento da presidente do colegiado, senadora Leila Barros (PDT-DF). A parlamentar lembra que o Brasil também está sujeito a graves crises hídricas e secas:
“Há um fator importante atrelado aos recursos hídricos em nosso território. A produção de água, por assim dizer, está diretamente relacionada à conservação dos ambientes naturais. A estrutura florestal de todo o bioma amazônico produz, diariamente, 20 bilhões de litros de água pelo processo de evapotranspiração das árvores. Essa água, conhecida como “rios voadores”, percorre o país e abastece os principais aquíferos do Sul e Sudeste. Uma pesquisa do MapBiomas aponta que está ocorrendo uma redução na área total de lâminas d’água, em todo o país. Na Bacia do São Francisco, por exemplo, a perda equivale a 50% da superfície de água natural entre 1985 e 2020”, alerta a senadora.