A colheita da safra 2021/22 de soja já está praticamente encerrada. Com os problemas de estiagem do final do ano passado e início deste, as posições do ranking dos maiores produtores sofreu modificações.
Assim, comparando a produção da temporada passada com os índices atuais, a mudança mais drástica aconteceu no Rio Grande do Sul, que perdeu a segunda posição. O estado colheu 20,7 milhões de toneladas no ciclo 2020/21 e, nesta safra, a estimativa é de apenas 9,1 mi/t, uma queda de 56%, deixando-o na quarta posição entre os maiores produtores. Os dados são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Quem passou para a vice-liderança foi o estado de Goiás, com 16 milhões de toneladas de soja, aumento de 10% ante à temporada passada, quando havia atingido 14,5 mi/t.
A outra alteração no ranking está no centro-norte do país. O Maranhão subiu do nono para o oitavo lugar, com 3,9 mi/t de soja produzida. Já o Tocantins vem logo em seguida, com 3,8 mi/t.
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Mesmo perdendo 39% da produção, o estado do Paraná manteve a terceira colocação entre os maiores estados produtores da oleaginosa, com 12,2 mi/t.
Perda esperada
Para o diretor técnico da Emater do Rio Grande do Sul, Alencar Paulo Rugeri, a mudança no ranking do estado já era esperada. A baixa na produtividade foi ocasionada pela estiagem que castigou o estado gaúcho.
“Foi um ano muito difícil. […] É um impacto gigantesco na economia em função do volume e, principalmente, do preço que está sendo realizado em relação à soja. Eu tenho a sensação que o Rio Grande do Sul retoma essa posição [segundo lugar entre os maiores produtores] porque nós temos essa condição de expansão de área” explica.
A quebra na safra nacional só não foi mais intensa porque o Mato Grosso, beneficiado pelo clima, teve um aumento expressivo na produção, saltando de 36, 5 milhões de toneladas para 40,7 milhões de toneladas.
Canal Rural*