A safra de soja brasileira 21/22 está quase encerrada, mas o produtor já se prepara para a próxima temporada. Assim, para ter sucesso na colheita do ciclo 22/23, é preciso garantir um bom plantio. O doutor em tecnologia das sementes, Ricardo Bagateli, explica que tudo começa com a escolha do material adequado para cada região produtora.
“Escolher o genótipo é o primeiro passo. Depois é selecionar o parceiro que vai nos fornecer a semente de qualidade e o terceiro passo seria utilizar de forma correta essa semente. Então, a gente tem que tomar cuidados no recebimento, no armazenamento da semente na nossa propriedade e no tratamento dessas sementes, se for o caso de o tratamento ser feito na própria propriedade”.
Além disso, é preciso boas práticas de semeadura. “Colocar essa semente no momento certo, com a umidade certa e de maneira correta, porque precisamos estabelecer uma população de plantas, que é muito particular de cada genótipo para cada zona de manejo dentro da propriedade e nas épocas de semeadura escolhidas”, explica.
Segundo Bagateli, outra ferramenta que o produtor deve utilizar é o mapeamento de dados de safras anteriores. “A primeira coisa que eu costumo deixar bem claro é que precisa ter métrica. Como é que foi a minha semeadura? Então, ver o desempenho dos nossos testes de laboratório, a tomada de decisão na regulagem da máquina, profundidade e velocidade [de operação]. Logo na emergência da planta, precisamos fazer uma métrica e definir aqueles acertos e erros”.
Com a planta já instalada, a próxima etapa são os cuidados com a proteção da cultura para garantir o desenvolvimento inicial da soja. “Depois é entender que o tratamento de semente, por melhor que ele seja, tem uma vida útil. A gente tem que monitorar pragas e doenças de uma maneira bastante próxima, in loco, acompanhando o desenvolvimento das plantas para se tivermos que fazer alguma intervenção, pensando em controle de insetos ou fungos, seja de uma forma bastante rápida para não perder a planta”, finaliza.
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