Fávaro defende vocação agro do Brasil e ampliação da presença global no FIAP 2024

Nesta segunda-feira (9), o Fórum Internacional da Agropecuária (FIAP 2024) deu início à sua programação com a presença de grandes nomes do agronegócio e autoridades nacionais e internacionais. Realizado em Cuiabá, Mato Grosso, o evento, promovido pelo Canal Rural, tem como objetivo principal discutir as pautas mais relevantes para o setor agroalimentar e preparar o Brasil para o G20 Agro, que ocorrerá entre os dias 10 e 13 de setembro, na Chapada dos Guimarães.

Durante a abertura do evento, o presidente do Canal Rural, Julio Cargnino, destacou a importância do FIAP 2024 como um espaço de diálogo e construção de estratégias para o futuro do agro. “Esse é um momento em que estamos dedicados a construir esses espaços de diálogo. O evento tem três grandes objetivos. O primeiro é mostrar como chegamos até aqui, como o Brasil se tornou essa potência agroalimentar que é hoje. Em um segundo momento, vamos mostrar como estamos nos preparando para o futuro. Temos muitos desafios, mas também temos muitas estratégias sendo implementadas. O terceiro pilar é o diálogo com a comunidade internacional. Essas conversas precisam acontecer para que outros países nos conheçam cada vez mais“, afirmou.

Autoridades discutem o futuro do agronegócio brasileiro

A abertura contou com a presença de diversas autoridades, como o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e os governadores Helder Barbalho (Pará), Mauro Mendes (Mato Grosso) e Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul). Cada um trouxe sua visão sobre o papel do Brasil como líder global na produção agroalimentar.

Vilmondes Tomain, presidente da Famato, reforçou a importância do agronegócio para Mato Grosso. “O agronegócio é a espinha dorsal do nosso estado. Somos responsáveis por grande parte da produção de soja, milho e carne, que abastecem tanto o mercado interno quanto o externo. O FIAP é um espaço para troca de conhecimentos e parcerias estratégicas“, ressaltou.

Jorge Viana, presidente da Apex Brasil, também enfatizou o caráter histórico do evento. “A realização deste fórum registra um momento histórico. Podemos dividir o antes e o depois. O Brasil sediar o G20 é uma oportunidade para construir uma narrativa verdadeira sobre o potencial deste país incrível. Acredito que é isso que o governo está fazendo“, destacou.

Desafios climáticos e sustentáveis na pauta

Entre as discussões centrais, a crise climática foi um ponto abordado por Jorge Viana. Ele destacou a necessidade de encontrar soluções e não apenas buscar culpados. “Essa fumaça que estamos vendo em Cuiabá não deve ser motivo para correr atrás de culpados. Precisamos encontrar soluções. A crise climática é um desafio real“, alertou.

O ministro Carlos Fávaro ressaltou os esforços do governo brasileiro para reestabelecer a posição do Brasil no cenário global. “A volta do presidente Lula ao comando do Brasil traz um desejo pessoal de que o país se reestabeleça na ordem mundial. Conseguimos abrir 184 novos mercados para os produtos da agropecuária brasileira. O Brasil, e o mundo, devem pensar o que e como produzir no futuro“, afirmou Fávaro.

Tecnologia e inovação como base para o futuro

Outro tema crucial foi a importância da tecnologia e da inovação para a sustentabilidade no campo. Daniel Carrara, diretor-geral do Senar Brasil, destacou o papel do Sistema CNA/Senar na transferência de tecnologia para o campo. “A CNA e o Senar têm a missão de comunicar o agro e diminuir as diferenças tecnológicas no país. Não existe sustentabilidade sem tecnologia“, declarou Carrara.

Alexandre Furlan, vice-presidente da CNI, mencionou as contribuições do B20, que trabalha com sete forças-tarefas, entre elas a dedicada à agricultura e sistemas alimentares sustentáveis. “As conclusões dessas forças-tarefas nos ajudarão a trazer benefícios ao Brasil e avanços no cenário internacional“, disse.

Orgulho e responsabilidade no agronegócio

Helder Barbalho, governador do Pará, exaltou o papel de Mato Grosso na produção agropecuária e sua importância para a segurança alimentar do Brasil e do mundo. “Destaco aqui o orgulho nacional que Mato Grosso se tornou. O estado compreendeu, a partir de sua vocação produtiva, que era possível alavancar a produção de alimentos e tornar-se a locomotiva da produção e da segurança alimentar que o Brasil adotou“, afirmou.

O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, também reforçou o protagonismo do Brasil como fornecedor global de alimentos. “Hoje, somos conhecidos como o maior exportador líquido de alimentos. Temos grande capacidade de continuar crescendo“, ressaltou Mendes.

Canal Rural*

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