MPMS denuncia dois policiais militares envolvidos na morte do ex-vereador

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), através da Promotoria de Justiça de Anastácio e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), concluiu a primeira etapa das investigações sobre a morte do ex-vereador Dinho Vital e denunciou os dois policiais militares, sargento Valdeci Alexandre da Silva Ricardo, e o cabo Bruno César Malheiros dos Santos.

Segundo a denúncia oferecida à Justiça, os disparos foram efetuados por dois policiais militares que não estavam em serviço no momento dos fatos. Ademais, conforme se infere do laudo necroscópico e do laudo de local de crime, a vítima foi atingida com um tiro pelas costas e nas costas, tendo o projétil transfixado seu tórax e saído no peito da vítima, tendo o outro projétil atingido a região lateral do abdome, de baixo para cima.

Além disso, os Laudos periciais revelaram que, pela posição dos atiradores, bem como pelas manchas de sangue da vítima encontradas no chão e o local em que seu corpo foi encontrado, o ofendido tentou fugir para frente de seu veículo para se refugiar dos disparos.

Ainda, foram encontrados 8 estojos de cartuchos de munição próximos ao veículo dos policiais, enquanto próximo à vítima nenhum estojo deflagrado foi encontrado, descartando qualquer troca de tiros entre os envolvidos. Também, foram constatadas apenas perfurações de projéteis de arma de fogo no veículo da vítima, todas de trás para frente do veículo.

Assim, os dois policiais foram denunciados por homicídio qualificado, pelo motivo torpe, em razão da discussão de natureza política que antecedeu o ocorrido, bem como praticado o crime por meio que resultou perigo comum, já que os diversos disparos foram efetuados em plena via pública com intenso fluxo de veículos e pessoas, inclusive com a presença da esposa da vítima no mesmo lado do acostamento da via onde ocorreram os disparos, e praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, pois surpreendida e alvejada pelas costas, reduzindo suas chances de defesa.

A denúncia oferecida pelo Ministério Público, já foi recebida pela Vara Criminal de Anastácio, bem como a prisão temporária dos acusados foi convertida em prisão preventiva.

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