Operação contra grupo criminoso que movimentou R$ 300 milhões cumpre mais de 60 mandados no Estado

Foi deflagrada nesta quinta-feira (1/2), pela Dracco (Delegacia de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) de Alagoas, a segunda fase da operação Hades que mira um grupo criminoso que movimentou R$ 300 milhões. Em Mato Grosso do Sul foram cumpridos 61 mandados, sendo 19 de prisão, em que uma advogada acabou presa em Campo Grande, e 42 de busca e apreensão.

A organização criminosa atuava no tráfico de drogas e ostentava vida de luxo.

Segundo informações divulgadas pela polícia, um homem foi preso em Jardim, porém, não foi detalhada qual função ocupava no bando. O saldo de prisões no Estado foi de 14, além da apreensão de veículos, joias, dinheiro e armas.  

As ordens judiciais também foram executadas nos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.

Segundo as investigações, as duas organizações criminosas atuavam no tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros crimes, e já teriam movimentado R$ 300 milhões. 

Foram mais de 300 mandados cumpridos em Alagoas e em outros 16 estados do país. A investigação começou em março de 2021 para apurar a atuação criminosa de quatro pessoas – sendo dois casais, que eram responsáveis pelo tráfico de drogas em Alagoas. 

Durante as investigações, os policiais identificaram ramificação da organização criminosa nos 17 estados alvos da operação. Os criminosos que atuavam no tráfico, como fornecedores, e as pessoas que atuavam como fornecedores para os líderes das duas organizações criminosas investigadas.

A organização criminosa era liderada por um alagoano, que realizava a distribuição de drogas para outros municípios de Alagoas, onde há predominância da facção criminosa que o indivíduo integra.

Também ficou constatado que os fornecedores das drogas que abasteciam o mercado alagoano eram do estado de São Paulo. Eles recebiam as drogas de Mato Grosso do Sul. A droga era vendida pelo grupo criminoso e tinha como origem fornecedores do Amazonas, que faz fronteira com a Colômbia e o Peru.

Vida de alto padrão

Os dois grupos utilizavam esquemas de lavagem de capitais, com a utilização de empresas de vários segmentos, como peixarias, de aluguel de veículos, de manutenção de automotores, depósitos de bebidas, de transportes de cargas, dentre outras. Além disso, ficou comprovado o uso frequente de contas bancárias de pessoas próximas e outras identificadas como laranjas, a fim de movimentar grandes quantias de dinheiro de forma ilegal.

Nesse contexto, foram verificadas movimentações financeiras de mais de R$ 300 milhões. Os membros das duas organizações criminosas ostentavam elevado padrão de vida com viagens, também utilizavam veículos e outros bens de luxo, além de possuírem residências e apartamentos em condomínios de alto padrão.

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