Força-tarefa envolvendo 1,1 mil militares e 1,2 mil policiais deflagra uma operação nesta segunda-feira (18/12), para tentar retomar o controle do presídio de Tacumbú, no Paraguai, que há meses é comandando pelo Clã Rotela, facção rival do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Segundo a polícia, um agente do grupo Lince foi morto e outras pessoas ficaram feridas durante confronto com os detentos. Os criminosos, na tentativa de impedir o procedimento policial, queimaram alguns colchões.
A operação Beneratio, como foi denominada a ação, foi planejada pelas autoridades paraguaias, com objetivo de “erradicar os privilégios e poderes dos grupos criminosos, e ainda fazer uma redistribuição dos reclusos”, segundo informações do Ministério da Justiça.
Durante a operação, que já considerada a maior ação envolvendo forças de segurança da história, foi criado um cordão de segurança que não poderá ser atravessado na área prisional até ao final das operações, para proteger a segurança física dos cidadãos, familiares de reclusos.
Líder do Clã Rotela se rende
O líder do Clã Rotela, que até então comandava a penitenciária de Tacumbú, Armando Javier Rotela, se entregou à polícia durante a operação Beneratio. Ele estava sozinho em uma das alas, controlava motins e arquitetava assassinatos de agentes.
O Ministério da Justiça do Paraguai informou que o criminoso tentou fazer exigências para negociar sua rendição, mas acabou encurralado pelo efetivo militar montado para retomar o controle da penitencia.
Armando Javier Rotela foi levado para a prisão militar de Viñas Cué. “O Estado paraguaio não vai negociar com criminosos e este é o exemplo”, disse o comissário Nimio Cardozo, chefe de Combate ao Sequestro da Polícia Nacional.
Desde o início da manhã a operação Beneratio mobilizou mais de 2 mil agentes. Até o momento 15 ônibus com 40 internos saíram de Tacumbú. Os presos serão transferidos para outras penitenciárias do país.