A PF (Polícia Federal) com apoio da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) deflagrou nesta terça-feira (14/11), a operação Minuano que visa desarticular organização criminosa de fraudes em fundos de investimento, com prejuízo na Previdência Social de servidores de diversos estados, entre eles, Mato Grosso do Sul.
São cumpridos 27 mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, Portão, Canela, Cambé, Londrina, São Paulo e Rio de Janeiro.
De acordo com a Polícia Federal, também são executadas medidas cautelares de suspensão de atividade financeira e o bloqueio de contas e ativos em até R$ 451 milhões, valor estimado do prejuízo causado aos RPPS.
Informações dão conta de que o grupo criminoso teria sido responsável pela captação e desvio de R$ 239 milhões de 69 Regimes Próprios de Previdência Pública em 11 Unidades da Federação.
A investigação começou com informações coletadas na operação Gatekeepers, em 2018. Durante os trabalhos apurou-se que além dos prejuízos causados, foi identificado pela PF o pagamento indevido a dirigentes dos RPPS por intermédio de consultorias vinculadas ao grupo.
Os investigados poderão responder pelos crimes de gestão fraudulenta e temerária, apropriação indébita financeira, estelionato financeiro, falsidade ideológica contábil-financeira, negociação de títulos mobiliários sem lastro, manipulação de preços de ativos, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Caso condenados, as penas somadas ultrapassam 40 anos de reclusão.
Saiba mais
A operação Minuano demonstra a atuação integrada entre a Polícia Federal e Comissão de Valores Mobiliários para reprimir os desvios de conduta no Mercado de Capitais, respaldada por Acordo de Cooperação Técnica firmado em 2010 entre as instituições.