Uma menina de 12 anos, irmã da pequena Luz Maida, de apenas três, que foi trocada por droga e depois assassinada no último fim de semana, em Pedro Juan Caballero, foi resgatada da casa de um homem de 30, enquanto o corpo da criança era velado no salão paroquial da igreja Santo Antônio de Pádua.
Segundo a polícia do Paraguai, a vítima foi estuprada pelo padrasto e também foi entregue pela própria mãe em troca de drogas. Ela convivia com o adulto desde os nove anos. O resgate foi determinado pelo juiz da Infância e Adolescência, Elvio Insfrán.
“Como são meninas, não há nenhum tipo de consentimento. Elas foram entregues de forma irregular, levando em consideração a idade delas, e não era adequado”, disse o magistrado paraguaio em entrevista a uma emissora de rádio de Pedro Juan.
Como o Ponta Porã News vem noticiando nos últimos dias, Luz Maida foi morta após ser vendida por 30 doses de crack e 100 mil guaranis. O corpo da menina passou por perícia e foi constatado sinais de abuso sexual, agora a polícia investiga se o estupro aconteceu antes ou depois do assassinato da pequena.
Além disso, há informação também que a criança já havia sido resgatada de uma ‘boca de fumo’, junto ao irmão, de seis anos.
A menina era a caçula e os outros filhos da mulher – que teve a prisão preventiva pedida pela promotora pública de Pedro Juan após ser presa em flagrante – têm seis, dez, 12, 20, 22 e 25 anos.
A jovem de 22 anos chegou a ficar responsável pela menina de três e o garoto de seis após a mãe ser encontrada com os dois na ‘boca de fumo’. Entretanto, ela ‘devolveu’ os irmãos porque já cuidava do próprio filho e do sobrinho, de cinco anos, com quem teve que ficar após a irmã, de 20, ser presa.
Ela cumpre pena na penitenciária de Pedro Juan Caballero porque teria tentado vender seu filho há cerca de três meses. A avó da criança – mãe da menina de três anos – teria ‘negociado’ a neta, assim como negociou a filha por 30 pedras de crack.
‘Família problema’
Reportagem do jornal paraguaio ABC Color diz que o irmão de dez anos também estaria causando problemas na vizinhança devido aos roubos que fazia para comprar crack junto à mãe. O jovem de 25 também possui passagens pela polícia.
Devido à filha de 12 anos estar convivendo com o homem de 30, a mãe deve ser indiciada pelo homicídio da menina de três e também por abuso sexual infantil e violação do dever de cuidar da filha, conforme decisão do procurador José Luis Torres Peña. Ele também já solicitou a tutela dos irmãos mais novos.
Moradores incendiaram ‘boca de fumo’
Após a menina de três anos ter sido encontrada morta em uma casa que funcionava como ‘boca de fumo’, moradores do bairro Romero Cuê, em Pedro Juan Caballero, atearam fogo no local.
Ponta Porã News*