A Polícia Nacional do Paraguai prendeu nesta quinta-feira (2), um dos maiores fornecedores de maconha para a facção brasileira Comando Vermelho, Rodrigo Araújo de Abreu e mais 13 homens ligados a sequestros e outros crimes. A operação foi realizada em Capitán Bado, Departamento de Amambay, fronteira com o Brasil em Coronel Sapucaia.
Entre os outros homens presos, 10 são brasileiros, disse o comissário Nimio Cardozo, chefe do Departamento Anti-Sequestro da Polícia Nacional. “Dentro do grupo estava um dos maiores fornecedores de maconha para o Comando Vermelho”, disse Cardozo.
Também foram apreendidas armas de fogo, munição de diversos calibres, celulares, cinco rádios portáteis (HT), bloqueador de sinais e três veículos. Alguns dos presos são elos importantes do crime organizado no Brasil, com mandados de prisão por homicídio, tráfico de drogas e uso de tornozeleira eletrônica.
Em relação a Rodrigo Araújo de Abreu, a polícia constatou que portava documentos originais com dados falsos no Brasil e pretendia adquirir uma cédula de identidade paraguaia.
Rodrigo estava acompanhado da esposa, com um bebê de poucos dias, sendo liberada após interrogatório. O procurador José Alberto Godoy anunciou que será pedida a expulsão de Araújo Abreu, tendo em vista que ele tem processos abertos no Brasil, e não no Paraguai.
A Operação
De acordo com o comissário César Casco, às incursões aconteceram de forma simultânea no Bairro Primavera e Colônia 1 de Capitão Bado, em trabalho conjunto com o Departamento Anti-Sequestro.
Na primeira casa vistoriada, no bairro Primavera, encontraram o brasileiro André Gomes Bezerra que estava acompanhado de dez indivíduos, todos presos.
Na segunda casa foram presas três pessoas, entre elas Rodrigo Araújo de Abreu, procurado no Brasil por homicídio, tráfico de drogas e armas.
Apreensão
As equipes apreenderam pistola Glock 9 milímetros, com três carregadores com 47 balas, bandoleira com 72 balas 9 milímetros. 35 balas calibre 22, munições calibres 357 Magnum, 38 e de fuzil 5,56. Onze celulares, cinco rádios, e vários documentos em nome de André Gomes Bezerra, além de tornozeleira eletrônica do Brasil.
