Ederson Crebs de 23 anos morador em Campo Grande, morreu na noite de ontem (25) em Ponta Porã depois que foi atingido por um tiro de fuzil disparado por um integrante da Força Tática da Polícia Militar, quando tentava retornar para o Paraguai com um Astra onde ele transportava cinco caixa de cigarro de origem estrangeira.
O fato aconteceu na Linha Internacional e foi registrada na Polícia Civil de Ponta Porã como posse ilegal de arma de fogo, ameaça e homicídio decorrente a oposição a intervenção policial. Segundo o Boletim de Ocorrência, Ederson teria notado a presença de uma equipe da PM e dado ré tentando retornar para Pedro Juan Caballero e que neste momento teria apontado uma arma para os policiais.
Ainda na versão dos PMs, relatada no Boletim de Ocorrência, um dos integrantes da Força Tática fez um disparo de fuzil. Ederson perdeu o controle de direção do veículo e bateu em uma elevação. O rapaz não conseguiu descer do carro já que tinha recebido um tiro nas costas. Socorrido e encaminhado para o Hospital Regional de Ponta Porã ele morreu devido aos ferimentos.
Os policiais relataram que encontraram no interior do Astra conduzido Ederson uma pistola 9 milímetros com a numeração raspada e municiada com 11 balas. Os PMs relatam que levaram a arma para evitar que ela fosse roubada.
Na versão dos familiares e amigos que procuraram a reportagem, o cigarreiro não estava armado e que teria sido atingido sem ameaçar os militares. Eles alegam que a arma teria sido “plantada” na cena para incriminar a vítima. No Boletim de Ocorrência consta também que em um porta copo foi encontrada uma substância parecida com cocaína. No carro foram apreendidas ainda cinco caixas de cigarro contrabandeados do Paraguai.
Em contato com uma fonte da Polícia Militar de Ponta Porã a reportagem do Ponta Porã News foi informada que na manhã desta terça-feira (27) uma Nota de Imprensa será divulgada e um Inquérito Policial Militar (IMP) foi instaurado para apurar o caso.
O corpo de Ederson está sendo velado em Campo Grande onde será sepultado nesta terça-feira. Os familiares disseram que depois do enterro irão procurar a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pedindo uma ampla apuração do fato.