O mês de agosto foi de recorde para a exportação de carne suína. Foram embarcadas 116,3 mil toneladas da proteína durante o período, conforme indicam os dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O volume é o maior já registrado em um único mês.
O resultado alcançado pelo mercado de carne suína brasileiro foi destaque na edição desta terça-feira (6) do boletim ‘AgroExport’. Apresentador do quadro, o diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, ressaltou a retomada do setor e, consequentemente, o recorde.
“É um dado histórico”, enfatizou Ferreira ao participar do telejornal ‘Mercado & Companhia’. Ele ressaltou que, no entanto, o crescimento não se deu por causa da China, que, com o plantel recuperado, chegou a diminuir as compras do exterior. No acumulado de janeiro a agosto de 2021, o mercado chinês foi responsável pela compra de 452 mil toneladas de carne suína — no mesmo período deste ano, o total foi de 313 mil toneladas.
“Estamos diminuindo a nossa dependência da China na exportação da carne suína” — Giovani Ferreira
“Ainda assim, nós crescemos”, pontuou o apresentador do ‘AgroExport’ ao destacar a “diversificação do mercado” internacional para a carne suína brasileira. “Puxados, principalmente, por Filipinas, Vietnã e Tailândia”, informou Ferreira. “De janeiro a agosto de 2021, a Tailândia havia comprado 437 toneladas. No mesmo período deste ano, foram compradas 19 mil toneladas”, continuou. “Estamos diminuindo a nossa dependência da China na exportação da carne suína.”
Nova estimativa para mercado da carne suína
Com esse cenário de retomada e a conquista de novos mercados, Giovani Ferreira acredita que, diferentemente de prognósticos anteriores, o Brasil tende a fechar o ano de 2022 com mais de 1 milhão de toneladas de carne suína exportadas — alcançando o mesmo volume registrado no consolidado do ano passado.
Carne bovina valorizada
O mês de agosto também foi positivo para as exportações de carne bovina. No período, o crescimento foi de 12%. Na parcial de janeiro a agosto, 2022 apresenta potencial de recordes: tanto de receita, quanto de volume embarcado para outros países.
Na comparação com todo o ano passado, o recorde em termos de receita já está praticamente batido. Em 2022, já são US$ 7,95 bilhões — contra US$ 7,96 bilhões de janeiro a dezembro de 2021.
Para a parte de volume, o patamar a ser alcançado é o de 2020, quando foram embarcadas 1,72 milhão de toneladas de carne bovina. No recorte de janeiro a agosto, 2022 apresenta a parcial de 1,3 milhão de toneladas. “A manter o ritmo, a gente deve chegar a 1,8 milhão ou 1,9 milhão”, observou Giovani Ferreira.
Carne de frango: recordes também previstos
Em relação à exportação de carne de frango, o apresentador do boletim ‘AgroExport’ enalteceu a “escalada” do mercado, que cresce em volume e em receita há dois anos e, ao que tudo indica, deve ter recordes mais uma vez.
De janeiro a agosto deste ano, o Brasil enviou para o exterior 3 milhões de toneladas de carne de frango, para uma receita cambial de US$ 5,96 bilhões. No consolidado de 2021, os números alcançados foram de 4,24 milhões de toneladas e US$ 6,95 bilhões. “A gente deve superar [esses números]”, estimou Ferreira.
Apresentado por Giovani Ferreira, o boletim ‘AgroExport’ conta com edições semanais. O quadro é exibido às terças-feiras, dentro do telejornal ‘Mercado & Companhia’.
Canal Rural*