Operação Ultranza que investiga lavagem de dinheiro do tráfico já prendeu 9 pessoas

A Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) informou nesta terça-feira (8), balanço da operação Ultranza, que investiga lavagem de dinheiro do tráfico de drogas no Paraguai. Até o momento, nove pessoas já foram presas.

As ações têm mirado os negócios de cinco famílias de empresários. Entretanto, os maiores avanços estão no montante de bens colocados à disposição da Justiça para confisco.

Entre os imóveis apreendidos está a fazenda San Agustín, localizada a 110 quilômetros de Assunção, área conhecida como Tacuara, distrito de Benjamín Aceval, no departamento de Presidente Hayes. Ela possui 3.490 hectares e cabeças de gado.

O local, de acordo com a Senad, usa as atividades agropecuárias como fachada e é totalmente adaptado para receber e enviar grandes quantidades de cocaína.

Aeronaves bolivianas com cargas de cocaína chegam a centros logísticos clandestino que representam a organização próxima da fronteira com a Bolívia.

Ainda conforme a Secretaria Nacional Antidrogas, a operação Ultranza já consegui desarticular quatro grandes organizações que ‘lavam’ mais de 100 milhões de dólares oriundos da comercialização de cocaína em grandes centros da Europa.

Entre os nomes apontados como líderes da megaestrutura do narcotráfico estão Sebastián Marset e Miguel Insfrán. Eles foram os encarregados de realizar os negócios com os fornecedores compradores de cocaína. Luiz Fernando Sebriano Gonzáles e Alberto Koube Ayala também fazem parte da lista.

Em dois anos, foram enviadas cerca de 15 toneladas para a Europa, cujos lucros foram investidos em imóveis luxuosos, fazendas, caminhões, iates, aviões e carros de luxo. O poder de influência desses empresários é grande e chegou a provocar a queda de um ministro do Governo do Paraguai.

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