Amplavisão Federações partidárias não empolgam os políticos e o eleitor

A COLUNA chega a edição de número 1.500.  E vale lembrar trecho da coluna de número 1.000 de 14 de agosto de 2014: “Difícil transitar neste terreno minado onde a guerra pelo poder se confunde com a vaidade humana. O estilo de escrever se funde com o caráter do jornalista ao falar de pessoas e fatos. Afinal, políticos são mais sensíveis do que se imagina. ”

REPETINDO: Na abertura de mais uma temporada eleitoral uma observação que deve e precisa ser captada pelos candidatos: quem não vota também opina. Pessoas que não votam por qualquer motivo são vozes do ‘coral da opinião pública’. Seria como os filhos opinando pela marca, tipo e cor do carro que o patriarca da família planeja comprar. Influenciam sim de algum modo.

IMAGEM: As últimas eleições mostraram a importância do trabalho de marketing como fator influenciador e até decisivo. Parece que os políticos entenderam e acabaram aderindo aos conceitos procurando ao menos se aproximar do modelo ideal aos olhos do eleitor. Comparando as fotos e as falas dos candidatos de ontem e de hoje percebe-se as mudanças.  

CONCORRÊNCIA:  Os candidatos a cargos eletivos estarão expostos como produtos na vitrine. Cada qual com seu atrativo ou potencial para seduzir o eleitor. Vão pesar a biografia, currículo (ou ‘folha corrida’), a imagem e o discurso com suas propostas. Igual o casamento; sabe-se apenas como os noivos saem da igreja. O capítulo seguinte é uma incógnita.

O INFERNO DOS POLÍTICOS: 500 chibatadas, duas horas no forno de 200 graus, 3 horas no freezer. Essa a pena dada ao político brasileiro corrupto na sua chegada ao inferno. Assustado, ele pediu para começar a cumprir a pena na semana seguinte, mas foi consolado pelo diabo de plantão: “ Fica na moita, não espalhe. O forno está quebrado e o freezer enguiçado” – E as 500 chibatadas? – perguntou o falecido. – “Ah…O sujeito desse serviço vem aqui de manhã, assina o ponto e cai fora. ”

A PIADA do folclore político serve para ironizar a condescendência da justiça do Brasil na relação com os políticos. É crescente a tendência dos julgadores (e leis) em suavizar a pena dos políticos réus. Aliás, o ex-governador Sergio Cabral (MDB-RJ) e o ex-prefeito Gilmar Olarte de Campo Grande integram o grupo diminuto de políticos corruptos ainda presos.

DEPUTADOS & AÇÕES: Paulo Corrêa (PSDB): mostrou a melhora na proteção ao meio ambiente e combate aos desastres pelo Governo com aquisição de equipamentos modernos; quer mais medidas de proteção dos rios na Serra da Bodoquena; José Teixeira (DEM): é seu projeto ‘Cidade Amiga’ que cuida da inclusão social e proteção das pessoas autistas e seus familiares; pede a criação de delegacias voltadas ao atendimento dos deficientes físicos.  Lucas de Lima (Sol): Em Amambai, recepcionado pelo prefeito Ednaldo Bandeira conheceu a realidade do município; projeto de sua autoria visa incluir o Estatuto dos Idosos nas escolas para conscientização desta classe no contexto social; pede a manutenção de salas de aula no Ensino Médio na Escola Municipal do Jardim Caiobá, nesta capital. Paulo Duarte (MDB): tem proposta para permitir que os clubes escolares fomentem a pratica de esporte mediante alteração da Lei 5.466; motivado pelas manifestações de apoio recebidas de entidades e lideranças da capital e de várias cidades da região pantaneira. Pedro Kemp (PT): Presidente da Comissão de Educação interviu junto a Fapec sobre o concurso dos professores temporários da Rede Estadual de Ensino, corrigindo injustiças pelos desencontros de informações e critérios que prejudicavam os concursandos. Antonio Vaz (REP); Ativo em “Fevereiro Roxo Laranja” contra Lúpus, Alzheimer, Fibromialgia e Leucemia, tem projeto para atendimento emergencial de câncer nas crianças e adolescentes; em Naviraí visitou a ‘Academia Atleta Show’ que atende mais de 200 crianças em 32 modalidades, além de ajudar o projeto ‘Capoeira em Ação’ com emenda parlamentar.  

ESQUISITO: Fala-se na participação do ex-senador Delcídio do Amaral (PTB) nestas eleições. Mas ele foi cassado e teve os direitos políticos suspensos pelo Senado em 2016 por quebra de decoro, com a pena de 8 anos vigorando a partir de 2018, quando terminaria seu mandato. Portanto, só o Senado Federal teria competência para rever aquela decisão.

DUVIDOSO: Hoje aos 67 anos de idade Delcídio teria dificuldades para garantir a volta ao cenário político partidário após o fim da pena. Basta fazer as contas. A política é dinâmica, novatos surgem. Mas apesar da punição Delcídio garantiu a aposentadoria inicial de R$11.500,00 – que na nossa realidade do país é boa. Vida que segue.

ENTRAVES: É pagar pra ver como as federações partidárias vão respingar nos Estados, inclusive aqui em nosso quintal. Não será fácil consolidar na pratica os interesses regionais com a decisão nacional de aliança valida nos próximos 4 anos. O eleitor poderá inclusive entender que há incoerências afrontando a tradição do quadro partidário local.

PERGUNTA-SE: Como acomodar André Puccinelli, Rose Modesto, Eduardo Riedel e Zeca do PT no mesmo time? Público e notório que os interesses deles são conflitantes, perseguem o mesmo cargo.  E ainda há questões envolvendo outros personagens, entre eles de Luiz H. Mandetta (DEM) Simone Tebet (MDB) Tereza Cristina (DEM). O prefeito Marquinhos Trad (PSD) é o único que ‘corre por fora’. 

PARLAMENTARES EM AÇÃO:  Evander Vendramini (PP): é sua a proposta da Coleta Itinerante para doação de sangue; pede o envio de ofício à Cia Votorantim para reformar o prédio da Igreja Santo Antônio localizada na área da empresa em Corumbá; pede o asfaltamento do trecho de 46 kms entre a MS-240 e a MS-080 ligando Corguinho ao distrito do Taboco.  Capitão Contar (PSL):  Sempre atento e sensível aos apelos e a realidade social, pede a extensão da gratuidade da 2ª. via da carteira de identidade beneficiando grupo maior de pessoas carentes. Hoje o custo da 2ª. via é de R$175,12.  Marçal Filho (PSDB): é seu o projeto criando a política de busca de pessoas desaparecidas, encaminhado inicialmente à CCJR; pede ao Governo e ao prefeito Alan Guedes (PR) a reforma do posto de saúde do Jd. Maracanã em Dourados, bem como dotá-lo de materiais básicos ao seu funcionamento.  Gerson Claro (PP): autor de projeto denominando professora Estefana Centurion Gambarra a escola estadual situada em Dois Irmãos do Buriti; como presidente da CCJR tem agilizado a distribuição de projetos que alimentam as pautas do plenário.

VEJA BEM!   Com o alongamento até 31 de maio para definição das federações haverá mais prazo para articulações entre as siglas.  Mas até aqui apenas o PT, PSB, Psol e PCdoB tem maiores chances de prosperar. Como serão decisões de cima para baixo, o eleitor será ignorado. E qual seria mesmo a sua reação nas urnas?

‘MICO’:  Desde a criação do MS não tivemos outro deputado federal de conduta tão dúbia como tem sido Loester Gomes de Souza, o ‘Tio Truts’ (PSL). Pelo seu alinhamento político ao Planalto esperava-se que trouxesse benefícios. Pior, acabou no noticiário policial, virou motivo de críticas e piadas. Deve voltar ao balcão de sanduiches em 2023.  

BENEFICIADOS: A pandemia também afetou o exercício efetivo da política, com menos visitas, reuniões e eventos sociais. Mas no balanço crítico do quadro atual pode-se dizer que os deputados estaduais ainda acabaram beneficiados e mantém boas chances de reeleição. Empolgar, vender esperança ao eleitor está cada vez mais complicado.

LIDERANÇAS: Praticamente as mesmas de antes. Vejam o quadro deste imenso país. Tantos estados e cidades sem produzir novos personagens que consigam liderar, empolgar e convencer com suas ideias e ações. Na falta deles, o espaço continua ocupado pelos políticos veteranos, beneficiados inclusive pelas gordas verbas do Fundo Eleitoral.

AÇÕES PARLAMENTARES:  Lídio Lopes (Patri): requer ampliação da sala cirúrgica do Hospital B. São Mateus, de Caarapó; pede reforma da ponte no rio Coxim, entre São Gabriel e Camapuã; requer asfaltamento na BR-359 entre Coxim e Corumbá.  Neno Razuk (PTB):  comemora a entrega de equipamentos à Associação de Pais e Amigos de Autistas de Dourados, fruto de sua emenda parlamentar; alvo de homenagem pela associação dos servidores do sistema penal no MS; pediu ajuda à ministra Tereza Cristina, da Agricultura, para o Governo liberar recursos em prol da duplicação ou 3ª. via na BR-262 (Capital e Corumbá); parabenizou a criação da primeira Cooperativa dos Pecuaristas e Agricultores Indígenas Kadiwéu. Amarildo Cruz (PT): Visitando bairros da capital com o vereador Ayrton Araújo; no Jardim Carioca ouviu moradores e comerciantes; defende igualdade salarial dos professores concursados e convocados, bem como dos trabalhadores na mesma atividade.  José C. Barbosa (DEM): pede ao Governo que a Sanesul adote em Dourados o boleto fracionado da taxa de água e lixo; enaltece o título de Utilidade Pública à Associação Grupo Melhor Idade de Rio Verde de Mato Grosso graças ao seu projeto; sua emenda de R$40 mil possibilitará aquisição de teares e materiais para cursos de capacitação à cargo do Movimento de Apoio Social Campo-grandense; atendido seu pedido ao Governo para ampliar vagas em concurso de oficiais de bombeiros; pede a criação do 2º Cartório de Registro de Imóveis de Dourados.  Mara Caseiro (PSDB): tem projeto que protege a mulher ocupante de cargo público através da criação de estatuto específico; é sua a proposta dispondo sobre a obrigatoriedade de procedimentos sobre depressão perinatal em gestantes e puérperas nas redes pública e privada de saúde.

É O PODER:  Até 2 de abril vários integrantes do Governo deixarão seus cargos para disputarem as eleições. Casos de Geraldo Resende (Sec. da Saúde); Eduardo Riedel (Sec. de Infraestrutura); Jaime Verruch (Meio Ambiente-Produção); Maria C. Motta (Educação); João C. Mato Grosso (Cultura); Luciana Azambuja (Políticas P. das Mulheres); Walter Carneiro Jr. (Sanesul), Marcelo Salomão (Procon).

PILULAS DO ARNALDO JABOR:

Que pais é esse? O que fazer?

Ser subdesenvolvido não é “não ter futuro”; é nunca estar presente.

Na vida e no amor, não temos garantias.

A verdade em que você acredita determina o seu caráter.  

Escrever é não esconder a nossa loucura.

A miséria não acaba porque dá lucro.

Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado. Pague o mico.

Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.

Fazer o que? Vivemos no Brasil! A pátria que nos pariu!!!

A idiotice é vital para a felicidade.

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