Com a confirmação de casos da variante Delta em Mato Grosso do Sul, o Estado já tem pelo menos 17 variantes registradas em seu território desde o início da pandemia do coronavírus. Este mapeamento genômico serve de base para avaliação das autoridades de saúde pública.
Os casos da variante de origem na Índia foram confirmados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) na última terça-feira (06), em dois pacientes de Campo Grande, um homem de 22 anos e uma mulher de 51, além de uma mulher 52 anos de Ladário. As amostras foram coletadas em 23 e 27 de julho deste ano.
Além da Delta, já foram confirmadas no Estado seis linhagens brasileiras, entre elas a Gama, surgida em Manaus, a P.2, com origem no Rio de Janeiro, e a B.1.1.28 e B.1.1.33, assim como outra subvariante da P.1 e a N.9, que é mutação da P.1.
Já da Europa foram confirmadas a B.1, B.1.1.274, B.1.1 e a B.1.1.44 (Reino Unido, Dinamarca e Islândia). Da América do Sul apareceram a B.1.212 e N.4 (Chile) e dos Estados Unidos surgiu a B.1.240.
Outras variantes tiveram linhagens em diferentes locais, entre elas a B.1.1.247 (Europa, Norte da África e Gâmbia), A.2.5.2 (Itália, EUA e Reino Unido) e a P.1.2 (Brasil, Argentina, Países Baixos, EUA e Espanha). Ainda continua como dominante no território sul-mato-grossense a variante Gama, com 41% de incidência.
Estratégia
O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, ressaltou que a meta do Estado é acelerar cada vez mais a vacinação para conter as variantes, inclusive a Delta. “Tivemos a confirmação que há a circulação da Delta desde julho no nosso território, e a nossa estratégia é avançar na aplicação da segunda dose e no reforço da terceira (dose) nos idosos”.
Com este avanço na imunização, o secretário espera que o impacto da Delta no Estado seja mínimo. “Peço aos prefeitos e secretários municipais que continuem neste esforço que tem sido feito, com destaque nacional na imunização, para que não tenham doses armazenadas em geladeiras e sim aplicadas nos braços dos cidadãos”.
De acordo com o Vacinômetro, 74% da população já foi vacinada no Estado ao menos com a primeira dose. Se levar em conta o público adulto este percentual chega a 93%. Para este grupo (adulto) a imunização completa (dose única ou segunda dose) já chegou a 64%. Mais de 15 mil idosos também já tiveram acesso a terceira dose de reforço.
Leonardo Rocha, Subcom