Na fronteira médicos e enfermeiras usam até cavalos para atender pacientes

Marcos Morandi/Midiamax

Para conseguirem chegar até as aldeias e comunidades rurais de pequenas cidades paraguaias localizadas na fronteira com o Mato Grosso do Sul, médicos e enfermeiros da USF (Unidade de Saúde Familiar) precisam andar cerca de 15 quilômetros. Muitos deles utilizam até cavalos como meio de transporte.


A tarefa é diária e começa assim que o dia amanhece. Como as áreas são de difícil acessos, com estradas praticamente intransitáveis, principalmente nas 14 comunidades indígenas da região, todo o esforço é valido para conseguir prestar atendimento às populações mais necessitadas.


′′Fazemos de tudo para chegar aos nossos pacientes. Alguns deles às vezes nos emprestam motos, outras vezes vamos a cavalo ou até mesmo a pé. São muito atenciosos com a gente”, comentou a médica Claudia Collar, encarregada da Unidade Móvel de Saúde Indígena da cidade.
Para conseguir atender as famílias que estão em lugares com estradas muito ruins, recentemente auxiliar da unidade sanitária, Pablina Lopez, contou com um cavalo emprestado por um de seus pacientes para conseguir levar doses de vacinas em um isopor.


A médica explicou, ainda, que antes eles iam às escolas para atender as comunidades, mas agora, com a pandemia, os profissionais da saúde vão em busca de pacientes casa por casa para verificar a pressão arterial, aplicar vacinas e prestar outros atendimentos mais urgentes.

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