No dia 14 de março, o motociclista Everton Azevedo Figueiredo, de 26 anos, morreu atropelado por uma caminhonete, ocupada por duas mulheres, após ter batido num buraco e caído. Segundo o Campo Grande News, o caso aconteceu em Dourados, e para a polícia, as supostas autoras disseram que eram amigas da vítima.
Ontem (22), elas se apresentaram na 1ª Delegacia da Polícia Civil e contaram a versão da história. Uma delas é dona da casa onde o rapaz estava minutos antes de ser atropelado.
Investigadores do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil já apuravam o caso e através de imagens de câmeras tinham identificado a caminhonete S10 envolvida no atropelamento.
Conforme o site, elas são Ângela Aparecida Rodrigues da Silva, de 21 anos, e Adriana Aquino Reinozo, de 35, que estaria com Ângela na caminhonete no momento do atropelamento. Seria na casa de Adriana que Everton estava momentos antes de morrer.
Sem testemunhas
A morte ocorreu na Rua Manoel Alves dos Santos, na Vila Toscana, região oeste da cidade. No local, a perícia constatou que o motociclista havia caído da moto após bater em vários buracos no asfalto, mas também tinha ferimentos causados pelo atropelamento. Não houve testemunha.
O SIG passou a investigar o caso e descobriu que Everton Figueiredo estava na casa de uma amiga chamada Adriana, juntamente com outra mulher chamada Ângela, no condomínio Villagio Florença.
Através das imagens das câmeras de segurança do condomínio e de outras residências daquela região, os policiais descobriram que durante a madrugada Everton deixou o local de moto e as duas mulheres saíram logo atrás na caminhonete S10.
As imagens também mostram o caminhonete parada por um minuto no local do atropelamento. Depois o veículo foi embora, como mostram imagens de outras câmeras. Quando souberam que a polícia já estava atrás delas, as duas informaram através de advogado que iriam se apresentar, o que só ocorreu hoje.
No boletim de ocorrência, atualizado após as duas se apresentarem, Ângela aparece como autora do atropelamento e Adriana como testemunha. A polícia não divulgou informações sobre a versão que as duas apresentaram. A defesa pediu sigilo no caso. A investigação ficará a cargo da 1ª Delegacia de Polícia Civil.
Muitas dúvidas cercam a morte de Everton Figueiredo. A principal delas: se de fato ocorreu atropelamento acidental, por quais motivos as duas mulheres só se apresentaram agora, oito dias após o caso? Também chama a atenção o fato de as duas ficarem paradas por um minuto no local do atropelamento e depois irem embora, sem esperar a chegada do socorro e da polícia.