Morreu na noite de ontem (23), em Campo Grande, aos 83 anos, o ex-deputado Roberto Orro. A causa da morte não foi divulgada, porém no incício de novembro, ele chefgou a ficar internado na Santa Casa da capital, com quadro de pneumonia e dias depois recebeu alta.
Segundo o Campo Grande News, o corpo do ex-deputado será velado e sepultado nesta terça-feira (24), em Aquidauana, município onde teve início a sua carreira política.
Ele é pai do deputado estadual Felipe Orro (PSDB).
Luto oficial
Em nota, o governador Reinaldo Azambuja decretou luto de três dias no Estado, em razão do falecimento do ex-deputado estadual Roberto Orro.
Reinaldo lembrou a trajetória de Orro e as suas relevantes contribuições como advogado, defensor dos direitos humanos e da anistia, vereador, parlamentar estadual por quatro mandatos e na constituinte em 1979, tendo participado ativamente da elaboração da primeira Constituição do MS.
Roberto Orro também foi Secretário de Justiça do Estado e nesta função criou os Conselhos Estaduais de Direitos Humanos, do Índio, do Negro e da Mulher e presidiu a Assembleia Legislativa.
O governador lamentou a perda do líder e registra sua solidariedade ao deputado Felipe Orro, à família e ao povo de Aquidauana.
Trajetória
Formado em Direito pela Faculdade de Ciências Jurídicas do Rio de Janeiro, Roberto Orro também foi um dos fundadores do MDB, elegeu-se o vereador mais votado por Aquidauana em 1976 e, em 1978 foi eleito deputado estadual constituinte do recém criado Estado de Mato Grosso do Sul.
Na Assembleia cumpriu quatro mandatos, tendo presidido o Parlamento em 1994. A anistia e dos direitos humanos, a defesa da ecologia e do desenvolvimento sustentável do Pantanal foram algumas de suas pautas mais defendidas.
Conforme o site, na presidência da Assembleia atuou para abrir o parlamento aos movimentos sociais, promover o debate de ideias, sobretudo para assuntos ligados ao meio ambiente.
Integrou todos os movimentos a favor do Estado Democrático de Direito, das eleições livres e diretas, da convocação da Assembleia Nacional Constituinte. Como Secretário de Estado da Justiça, entre 1987 e 1989, criou e implantou os Conselhos Estaduais dos Direitos Humanos, do Índio, do Negro e da Mulher.
Em 1986, compôs chapa com o senador Rachid Saldanha Derzi, sendo eleito suplente de senador. Em 2006 decidiu encerrar sua carreira política ao concluir o quarto mandato como deputado estadual, já filiado ao PDT.